18.10.07

- O Indivíduo e a Sociedade -


A mente que deseja compreender um problema deve não apenas se limitar a compreendê-lo completamente, integralmente, mas também deve ser capaz de seguí-lo com presteza, pois o problema nunca é estático. O problema é sempre novo, seja ele um problema de fome, um psicológico, ou qualquer outro tipo de problema. Qualquer crise é sempre nova; portanto, para compreendê-la, a mente precisa estar sempre fresca, clara, suave em sua busca. Acredito que a maioria de nós reconhece a urgência de uma revolução interior, única maneira de conseguir uma mudança radical no que é exterior, na sociedade. Esse é o problema que preocupa a todos os que tem intenções sérias. Como produzir na sociedade uma mudança radical, fundamental, eis o nosso problema; e essa mudança do exterior não pode acontecer sem antes ter ocorrido uma revolução interior. Uma vez que a sociedade é sempre estática, qualquer ação, qualquer reforma efetuada sem essa revolução interior torna-se igualmente estática; assim, sem essa constante revolução interior não há esperança, porque, sem ela, a ação exterior se torna repetitiva, habitual. A ação do relacionamento entre você e um outro, entre você e eu, é a sociedade; e, enquanto não houver essa constante revolução interior, enquanto não houver uma transformação psicológica criativa, essa sociedade se torna estática, não tem qualidade de vida. E, exatamente pelo fato de não existir essa revolução interior constante, a sociedade está se tornando cada vez mais estática, cristalizada, e vem, portanto, se desagregando constantemente.

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