Isso faz surgir o medo de que elas se desviem. Antes que se desviem, toda a sociedade tenta ensinar a elas uma maneira certa de viver, uma certa ideologia sobre o que é bom e o que é ruim, uma certa religião, uma certa escritura sagrada. Essas são maneiras de se criar a personalidade, e a personalidade funciona como uma prisão.
Mas milhões de pessoas neste mundo só conhecem a própria personalidade; não sabem que existe algo mais. Elas se esqueceram completamente de si mesmas, esqueceram-se até do caminho para chegar a elas mesmas. Tornaram-se, todas elas, atores, hipócritas. Estão fazendo coisas que nunca tiveram vontade de fazer e não estão fazendo coisas que adorariam fazer. A vida delas é tão fragmentada que elas nunca conseguem ficar em paz. A natureza delas está sempre se impondo e não as deixa em paz. E a chamada personalidade não para de reprimi-las, forçando-as a mergulhar cada vez mais fundo na inconsciência. Esse conflito divide você e a sua energia — e uma casa dividida não consegue resistir por muito tempo. Essa é a desgraça dos seres humanos — é a razão porque não existe tanta dança, tanta música, tanta felicidade.
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