11.5.07

A autoconsciência abre uma Era de luz


A autoconsciência abre uma Era de luz e de esperança para a humanidade, a qual começa a conhecer o valor de tudo que a rodeia e em relação consigo mesma. A forma, paulatinamente estilizada, começa a adotar assim a do arquétipo divino que a engendrou e o ser humano passou a evoluir então para um corpo físico tal como o conhecemos atualmente. Mais adiante começa a sentir e a pensar em termos mais amplos e inclusivos e, ao chegar em determinado estágio de sua progressiva ascensão, a aspiração se faz mais viva, além da recordação tornar-se mais dolorosa e pungente. Sobrevêm então uma Era de conflito e agonia que chega ao seu ápice naquele estagio da individualidade humana que denominamos de discípulo, ou seja, de um ser humano que começa a ser a luz espiritual (a atração monádica) e a ser consciente de suas mais remotas lembranças (as do arquétipo que encarnou em longínquas etapas precedentes, ainda na matéria etérica, sublime e diáfana). Tudo quanto possa ser dito acerca do discípulo e de sua inexorável peregrinação temporal, vencendo os obstáculos, arrastando adversidades e, tal como é dito em Luz na Senda, “lavando seus pés no sangue do coração”, penetrando constante e persistentemente nas zonas de luz de sua consciência redimida, pode ser achado no relato místico de todos aqueles que encontraram a senda dentro das distintas religiões, assim como no processo histórico da vida de Cristo. Portanto, não nos deteremos no exame de tais relatos ou vivências.Interessa, sem dúvida, que nos demos conta das implicações da palavra “restabelecer”, que significa no presente estudo “voltar a viver a existência arquetípica das primeiras humanidades e compartilhar novamente com os anjos o destino divino de perfeição que á a meta destas duas evoluções”. Esta frase foi extraída do “O Livro dos Iniciados”. Ela nos dá a chave exata do termo “restabelecer” e nos dá também uma idéia mais clara do porquê nos Ashrams da Hierarquia e no sistema de treinamento espiritual dos discípulos desta Nova Era se presta tanta atenção .. ao estudo da vida dos devas. O restabelecimento do Plano de Deus, que deve fundir dentro da consciência humana a aspiração monádica (a tendência inata de olhar para cima, para a cúspide da cabeça quando espiritualmente invoca as energias superiores) com a recordação humana(a do arquétipo essencial para a raça humana), terá na Era de Aquário um consumado encontro dentro do coração de muitos homens e mulheres de boa vontade e decidido propósito espiritual que, consciente ou inconscientemente, já estão trilhando a Senda da Vida Interna e são praticamente “discípulos” em treinamento espiritual.Ao falarmos, pois, da era de Aquário, com suas infinitas oportunidades seletivas, com seu indescritível caudal de energias sutis e tremendamente poderosas que começam a sulcar os éteres planetários, não o fazemos de forma vaga ou nebulosa, senão em termos concretos do “aqui e agora”. Se examinamos atentamente o mundo que nos rodeia nos daremos conta de uma nova realidade, maior que nós mesmos, que começa a invadi-lo e a condicionar grande parte das atividades humanas.Para terminar este capítulo gostaríamos de acrescentar ainda uma outra idéia que se refere à “oportunidade seletiva”, a qual nos referimos anteriormente. Esta “oportunidade” não confere nem implica qualquer privilégio nem concessão nenhuma. O estado de “discípulo”, ao qual está relacionado o termo “seletivo”, está hoje mais que nunca ao nosso alcance.Não é uma novidade para os esotéricos tradicionais, ou seja, aqueles que fazem do esoterismo um estudo meramente intelectual, senão que é um legado, fruto da experiência dos séculos, que somente alcançarão ou recobrarão as lembranças os simples de mente e puros de coração, aqueles em quem a Luz do Mistério brilha em suas mentes por força da aspiração e em quem a intensidade da recordação, vencendo todas as imposições do tempo, abre as perspectivas gloriosas do verdadeiro destino para toda a humanidade.Vicente Beltrán Anglada“Los Misterios del Yoga”

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